quinta-feira, 21 de maio de 2009

Diferença e direito: para discussão e reflexão!!!


Colegas, hoje lendo um texto sobre direito, qualidade e educação, destaquei um trecho que gostaria de compartilhar com todos:

"[...] as pessoas e os grupos sociais têm o direito de serem iguais quando a diferença os inferioriza, e o direito a serem diferentes quando a igualdade os descaracteriza". (Santos: 1997, p. 122)

Dica para leitura:

SANTOS, B.S. Uma concepção multicultural de direitos humanos. Lua Nova. Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 39, 1997.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A Mosca Azul, por Machado de Assis


Colegas, neste final de sexta-feira, disponibilizo para vocês uma poesia do nosso Machado de Assis... a retirei do blog do Prof. e Senador Cristovam Buarque de Holanda (http://cristovam.org.br/blog/), o qual sugiro-lhes para leitura e acompanhamento. É um espaço de importantes reflexões para nós educadores e educadores do Brasil. Fica mais esta dica!!!!

[...]

Muitos fazem referência a expressão "mordido pela Mosca Azul" para designar alguém inchado de vaidade. Você sabia? essa conhecida expressão foi cunhada a partir do poema do grande escritor brasileiro Machado de Assis. O trecho é uma metáfora sobre a busca do poder e da riqueza. Para Machado de Assis, quando se alcançam o poder e a riqueza, quando se pega a mosca azul, vê-se que ela não era tão linda como aparentava a princípio.

Era uma mosca azul, asas de ouro e granada,
Filha da China ou do Indostão,
Que entre as folhas brotou de uma rosa encarnada,
Em certa noite de verão.

E zumbia, e voava, e voava, e zumbia,
Refulgindo ao clarão do sol
E da lua, - melhor do que refulgiria
Um brilhante do Grão-Mogol.

Um poleá que a viu, espantado e tristonho,
Uma poleá lhe perguntou:
"Mosca, esse refulgir, que mais parece um sonho,
Dize, quem foi que to ensinou?"

Então ela, voando, e revoando, disse:
"Eu sou a vida, eu sou a flor
"Das graças, o padrão da eterna meninice,
"E mais a glória, e mais o amor."

E ele deixou-se estar a contemplá-la, mudo,
E tranqüilo, como um faquir,
Como alguém que ficou deslembrado de tudo,
Sem comparar, nem refletir.

Entre as asas do inseto, a voltear no espaço,
Uma cousa lhe pareceu
Que surdia, com todo o resplendor de um paço
E viu um rosto, que era o seu.

Era ele, era um rei, o rei de Cachemira,
Que tinha sobre o colo nu,
Um imenso colar de opala, e uma safira
Tirada ao corpo de Vichnu.

Cem mulheres em flor, cem nairas superfinas,
Aos pés dele, no liso chão,
Espreguiçam sorrindo, as suas graças finas,
E todo o amor que têm lhe dão.

Mudos, graves, de pé, cem etíopes feios,
Com grandes leques de avestruz,
Refrescam-lhes de manso os aromados seios,
Voluptuosamente nus.

Vinha a glória depois; - quatorze reis vencidos,
E enfim as páreas triunfais
De trezentas nações, e o parabéns unidos
Das coroas ocidentais.

Mas o melhor de tudo é que no rosto aberto
Das mulheres e dos varões,
Como em água que deixa o fundo descoberto,
Via limpo os corações.

Então ele, estendendo a mão calosa e tosca,
Afeita a só carpintejar,
Como um gesto pegou na fulgurante mosca,
Curioso de a examinar.

Quis vê-la, quis saber a causa do mistério.
E, fechando-a na mão, sorriu
De contente, ao pensar que ali tinha um império,
E para casa se partiu.

Alvoroçado chega, examina, e parece
Que se houve nessa ocupação
Miudamente, como um homem que quisesse
Dissecar a sua ilusão.

Dissecou-a, a tal ponto, e com tal arte, que ela,
Rota, baça, nojenta, vil,
Sucumbiu; e com isto esvaiu-se-lhe aquela
Visão fantástica e sutil.

Hoje, quando ele aí vai, de áloe e cardamomo
Na cabeça, com ar taful,
Dizem que ensandeceu, e que não sabe como
Perdeu a sua mosca azul.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Política e Gestão da Educação Superior a Distância

Prezad@s colegas,

Socializo com a nossa rede de educadores, mais um extraordinário texto. Desta vez, trago para participar das nossas reflexões e discussões o Prof. Dr. Luiz Fernandes Dourado, da UFG, com o texto intutulado: POLÍTICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR A
DISTÂNCIA: NOVOS MARCOS REGULATÓRIOS?


RESUMO: ao problematizar as políticas e gestão atuais para a educação básica e superior, o artigo enfoca os novos marcos regulatórios do processo expansionista e analisa as políticas direcionadas à formação de professores, com especial realce para a educação a distância no
setor público. Nessa direção, apresenta e analisa alguns indicadores educacionais e busca apreender, no campo das políticas propostas pelo MEC, o papel da “Nova CAPES” como espaço de regulação das políticas de formação de professores, enfatizando a expansão pública,
na modalidade EaD, por meio dos desafios da consolidação da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

É mais uma oportunidade para aprofundarmos as nossas reflexões!!! Sugiro-lhes que comentem suas impressões neste blog e/ou imprima o texto e discuta com outros colegas da sua escola, escolas vizinhas, NTE/NTM ou com as equipes das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A (NOVA) POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


Car@s colegas,

Sugiro-lhes para leitura o artigo intitulado: A (NOVA) POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A PRIORIDADE POSTERGADA, da Profa. Helena Freitas*

RESUMO: O texto examina as políticas e programas no campo da formação do atual governo, identificando linhas de uma política marcada por ações de formação focalizadas, de cursos a distância, pela Universidade Aberta do Brasil. Analisa suas relações com a transformação
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em agência reguladora da formação de professores. Tomando por referência a base comum nacional, indica as condições para uma política global de formação e profissionalização dos profissionais
da educação, nos termos defendidos pela área da educação e pela Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE).

Excelente leitura a todos(as)!!! vamos comentar o texto? fica a dica...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Paz e Justiça: em busca da alegria e da felicidade!!


Car@s colegas,

Estive afastada alguns dias deste blog, sobretudo, para refletir melhor sobre algumas decisões tomadas e que estão diretamente vinculadas ao fortalecimento dos meus princípios e valores que se expressam na minha vida pessoal, mas, sobretudo no meu trabalho. Agora estou de volta e com muita vontade de problematizar e discutir questões importantes da EAD e do uso das TIC na educação.

Para iniciarmos esta etapa, gostaria de socializar com vocês um trecho do livro: Custo aluno-qualidade inicial - rumo à educação pública de qualidade no Brasil. O texto faz parte do prefácio do livro e foi escrito por Mario Sergio Cortella, professor titular de Teologia e Ciências da Religião e da Pós Graduação em Educação (Currículo) da PUC/SP:

"Mas o que é Paz? De forma simples, poderíamos dizer que é um estado, uma condição, na qual se consegue estar bem. E o que é, então, estar bem? Estar bem é não impedirem a manifestação de meu pensamento livre e de minha individualidade responsável; é não constrangerem o meu corpo com a violência da fome e a agressão da doença sem socorro; estar bem é serlivre da crueldade da tortura, da degradção brutal do local onde vivo, do padecimento provocado pela não-convivência com aqueles a quem amo; estar bem é não ser vitimado pela falta de trabalho, não ser humilhado pela ausência de estudo, não ser desprovido de um lazer sadio. Estar bem é não ser mortalmente ferido pela discriminação de qualquer tipo nem violentado pelo embaraço traumático de minha religiosidade, minha sexualidade, minha amoroisidade, minha liberdade. Estar bem [...] é não deixar que apodreçam a minha esperança nem extirpem minha humanidade e a sacralidade de minha vida. Porém, não existe paz individual e solitária; não existe um humano sem os outros. Ser humano é ser junto. É necessário negar a afirmação liberticida de que 'a minha liberdade acaba quando começa a do outro'. A minha liberdade acaba quando acaba a do outro; se algum humano ou humana não é livre, ninguém é livre. Se alguém não for livre da fome, ninguém é livre da fome. Se algum homem ou mulher não for livre da discriminação, ninguém é livre da discriminação. Se alguma criança não for livre da falta de escola, de família, de lazer, ninguém é livre. Por isso, é preciso que à Paz - para que ela se efetive - se acresça a JUSTIÇA. E o que é justiça? É todos e todas terem Paz."